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“Era um sonho meu desde criança ir aos Estados Unidos”, conta Carlos Eduardo Santos, o Cadu, que é graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras. Há um ano, ele via esse sonho se concretizar ao ser admitido no intercâmbio agrícola pela Ohio State University, nos Estados Unidos.

 

Por meio do The Ohio Program, programa da universidade, o jovem conseguiu uma oportunidade de estágio na cidade de Shakopee, no estado de Minnesota. Lá, esteve envolvido com atividades de melhoramento genético de plantas.

 

“Eu trabalhei em uma estação experimental na empresa Betaseed Inc”, conta.

 

Ao todo, foram oito meses de uma viagem que demorou cerca de três anos para ser planejada. Envolvendo um período de buscas intensas e preparação, como a aquisição da fluência em inglês.  

 

Como escolher um programa de intercâmbio

Procurei muita informação de programas que as universidades norte-americanas oferecem. Acabei conhecendo o da Ohio por meio de amigos que já haviam participado”, explica o graduando sobre um dos motivos que influenciou a sua escolha. 

 

Ao longo do tempo de pesquisa, ele conta que precisou fazer contato com as universidades estadunidenses por e-mail e ligações — e nisso, Cadu acredita que o inglês foi de grande valia para “abordar as pessoas tanto na escrita quanto na fala”.

 

comunicação em inglês foi indispensável durante as conversas que teve com a universidade e a empresa onde faria o estágio.

Entrevista de processo seletivo para intercâmbio

Foram duas entrevistas em inglês. A primeira foi por Skype com os representantes do Ohio Program. Não tinha nada em português.  

 

“Era uma entrevista para testar o meu inglês e o meu tipo de perfil. Achei que foi bem tranquilo, porque já estava habituado a praticar o speaking na UPTIME, respondendo sobre o que eu gosto de fazer, quais eram os meus hábitos, por exemplo. Foi uma entrevista pessoal e tranquila, me saí muito  bem.”

 

segunda entrevista foi logo com a Betaseed Inc, mas por telefone:

“Atendi a ligação tranquilo, mas achei o tipo de entrevista um pouco mais difícil. Tirei muitas dúvidas sobre como era a empresa, que tipo de serviço iria fazer e como ela funcionava. Perguntei mais do que eles. No final, foi gratificante para mim porque eu estava conduzindo a conversa.”

Requisitos para um intercâmbio remunerado 

“Requisito para participar desse programa era falar inglês”, disse Cadu sem hesitar. Ele explica que a exigência de um nível avançado de conversação no idioma não foi à toa, já que fazia parte da rotina do estágio na Betaseed Inc. 

 

“A gente fazia reunião praticamente todos os dias e a empresa subentendia que você já falava inglês e tinha experiência na área”, conta. 

 

Foi justamente buscando se capacitar para a viagem que Cadu se matriculou na UPTIME. Ele buscava mesmo era desenvolver a sua habilidade de speaking, mas o curso oferecia um aprendizado amplo: 

 

“Dentro da UPTIME tive a oportunidade de adquirir um vocabulário técnico. Entrei com o objetivo de melhorar meu speaking, mas acabei praticando também o writing e o listening.

 

A indicação veio de um amigo, que explicou para ele sobre a metodologia da UPTIME. Depois de estudar há um ano em outra escola do segmento, Cadu resolveu investir em uma nova forma de aprendizado. 

 

A UPTIME é diferente das escolas tradicionais que ensinam basicamente a decorar frases”, disse com base em experiência própria. 

O que é preciso ter para levar no intercâmbio 

Feito o curso de inglês e aprovado para iniciar uma nova etapa em sua carreira acadêmica e profissional, Cadu conta o que precisou providenciar: 

 

    • Três cartas de recomendações, que poderiam ser tanto de professores quanto de algum técnico agrícola — “No meu caso, foram de três professores da minha universidade”;
    • Visto — “Foi bem tranquilo para emitir. Inclusive, a entrevista foi em inglês. Não tive nenhuma dificuldade e foi bem rápido”;
    • Seguro de vida — “O próprio Ohio Program fornecia e deixava tudo certo em relação a isso”. 

 

Estágio no exterior em Agronomia 

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Após concluir o curso na UPTIME, Cadu fez as malas para aquela que seria sua primeira viagem internacional. O único receio, lembra, era sobre como seriam as relações com as pessoas de culturas distintas

 

Em relação ao inglês eu estava bem tranquilo, bem confiante mesmo. Praticamente passava todo o meu dia só me comunicando em inglês. Nas primeiras semanas, a minha única dificuldade foi em adaptar com o sotaque de Minnesota, mas nada que me fez passar aperto.”

 

Chegando lá, ele se comunicou tranquilamente com intercambistas nativos, do próprio país, e outros de países como China e Alemanha. Fez amizades dentro e fora da empresa que fazia estágio. 

Dia a dia do intercâmbio 

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A rotina de Cadu no intercâmbio começava pela manhã. 

 

“A gente fazia sempre uma reunião para saber quais atividades seriam designadas para cada pessoa. Não havia uma demanda fixa, variava: laboratório, estufa e experimento de campo. Alterava conforme a demanda e a época do ano também.”

 

Para habituar os novos estagiários, a empresa promovia treinamentos (em inglês) e atividades recreativas que envolvia praticamente todos os profissionais. 

 

Mas nem tudo era trabalho. Embora estivesse focado nas pesquisas, Cadu sabia aproveitar os dias livres para viajar, conhecer museus e ir a jogos. 

 

Tudo isso, ele diz, não seria possível sem a fluência em inglês. 

 

E para quem quer viver algo tão incrível quanto ao que passou, ele diz:

 

“Procure todas as informações em relação ao programa que você quer fazer antes de viajar e converse com quem já fez esse mesmo intercâmbio.”

 

Quem também esteve em intercâmbio pela Ohio University foi o nosso ex-aluno Matheus Ogando. Confira como foi a experiência dele!