Foi com o objetivo de dar sequência à carreira e obter as melhores condições de trabalho, que o cirurgião dentista Victor da Mota Martins decidiu cursar um doutorado sanduíche nos Estados Unidos, onde morou durante um ano.
Martins que é ex-aluno do curso College da UPTIME Patos de Minas (MG), conta como ele se preparou para o doutorado sanduíche (formato em a pesquisa é realizada parcialmente no Brasil e no país de destino) na Indiana University of Dentistry - IUSD, em Indianápolis.
Como estudar fora do Brasil
Para se preparar para o doutorado sanduíche nos Estados Unidos, o cirurgião dentista lembra que precisou:
- realizar o TOEFL (teste de proficiência em inglês);
- organizar um projeto de pesquisa;
- buscar por uma universidade que aceitasse alunos internacionais.
Durante a pesquisa, ele encontrou a “Indiana University School of Dentistry - IUSD”, da “Indiana University Purdue University of Indianapólis - IUPUI”, que é voltada para a área de odontologia.
“A IUPUI possui uma estrutura de ponta e um quadro profissional reconhecido internacionalmente”, explica.
Nela, ele desenvolveu o seu projeto relacionado ao desenvolvimento da avaliação do comportamento mecânico de novos materiais dentários indicados para restaurações.
Processo seletivo para o doutorado sanduíche
A língua inglesa teve um papel indispensável na trajetória de todo o doutorado:
“Para que o aluno esteja apto a aproveitar o máximo possível da experiência no exterior, muitas agências que fomentam esse tipo de curso exigem a fluência na língua inglesa”, disse.
Martins completa:
“Alguns editais exigem o TOEFL, Cambridge e outros. No caso de Indiana, houve um processo seletivo de análise curricular, de projeto de pesquisa e também uma entrevista em inglês via Skype com o orientador”.
Doutorado sanduíche
Para realizar o doutorado sanduíche no exterior é preciso estar matriculado em um curso de doutorado no Brasil, como informa a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) — fundação ligada ao Ministério da Educação (MEC) — no edital de 2018/2019 sobre o assunto.
“Realizei a parte inicial no Brasil e dei sequência no exterior, retornando ao País para concluir o doutorado”, relata Martins sobre a cronologia do doutorado.
Na visão do intercambista, fazem parte das vantagens da experiência aspectos como:
- o aprimoramento do currículo acadêmico;
- o aperfeiçoamento de uma segunda língua;
- a possibilidade de fazer amigos de várias regiões do mundo;
- e o desenvolvimento pessoal.
Rotina de um doutorado sanduíche no exterior
Diferente do que muitas pessoas podem imaginar, o doutorado sanduíche pode ser bem flexível em termos de tempo de dedicação.
Martins lembra que dedicava-se ao laboratório de pesquisa sempre que era preciso, mas nada que comprometesse a sua qualidade de vida.
“Você precisa comparecer presencialmente para executar o que for proposto. Nem sempre é necessário estar presente para executar funções. Muitas atividades podem ser feitas de casa ou até mesmo de um Starbucks".
De volta ao Brasil, o doutorando faz um balanço do período no exterior e adverte para quem deseja ter uma experiência similar:
“Três meses de doutorado sanduíche é pouco. Seis meses atende bem as expectativas. Com nove meses, a gente consegue trabalhar muito, mas com 12 meses é o tempo perfeito para intercalar os estudos e os passeios.”
Congresso de odontologia nos Estados Unidos
Anteriormente ao doutorado, Martins havia viajado para os Estados Unidos duas vezes. A primeira, a passeio em 2016, e a segunda em 2017 para participar do International Association of Dental Research - IADR, um congresso internacional de odontologia em São Francisco.
A oportunidade surgiu logo após o mestrado (motivo que levou a cursar inglês na UPTIME):
“O inglês é o idioma da odontologia. Assim que terminei o mestrado, precisei apresentá-lo em um congresso internacional.”
Habilidades para o currículo
Se para o mestrado o inglês foi fundamental, para o doutorado foi indispensável.
Fluente, o cirurgião dentista e professor universitário seguiu seus planos de carreira e pôde incluir novas habilidades ao currículo além do mestrado e doutorado.
“Melhorei muito o meu sotaque, embora soubesse o vocabulário, o sotaque sempre entregava que eu fosse gringo, já que em cada estado há um diferente”.
Carreira nos Estados Unidos
Ainda que não tenha planejado, Martins considera retornar aos Estados Unidos como docente em uma universidade e, neste caso, ele sinaliza que “o título de doutor e a produção científica ajudarão muito no processo seletivo”.
Para o trabalho, os pré-requisitos comuns incluem: domínio da língua inglesa, títulos acadêmicos, experiência na área de atuação e publicação de artigos — além de demais exigências que variam de acordo com cada instituição.
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