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Saber falar em inglês é algo cada vez mais necessário, seja para conseguir um emprego ou até mesmo para assistir à uma série de TV. Mas existe uma grande diferença entre entender parcialmente o idioma e ser fluente (de verdade). Já publicamos um post sobre o que compreende falar inglês fluente.

 

Se você quer adquirir a fluência mas não sabe por onde começar, neste post, apresentamos oito passos para começar a aprender inglês. Como escolher o método de ensino, material didático, rotina de estudos... Um guia completo para você começar.

 

Vamos lá?

 

1º passo: escolhendo o método de ensino

Para começar todo o processo, é necessário pensar em COMO se irá aprender o idioma. É a escolha do método de ensino. Ele organizará as atividades para atingir o objetivo de aprendizado do aluno: adquirir a fluência em inglês.

 

Nesse momento, é importante considerar a sua capacidade de disciplina e o seu comprometimento diário com o estudo.  

 

Dica: pensando no aprendizado de uma nova língua, um método de ensino baseado na mnemônica e na neurolinguística apresenta resultados rápidos e eficientes no processo de aquisição da fluência.

 

Mnemônica

A mnemônica é a arte ou técnica de desenvolver e fortalecer a memória, mediante diversos processos que acontecem no nosso dia a dia.

 

Neurolinguística

Já a neurolinguística busca estudar, entender e conhecer toda a estrutura do cérebro que esteja envolvida com uma característica diferencial do ser humano: a capacidade de se comunicar.

 

Ou seja, uma complementa o outra e, dessa forma, o aprendizado acontece naturalmente e, o mais importante, de forma definitiva.

 

2º passo: contato com o idioma

Para garantir o aprendizado, o contato com o idioma deve ser diário. Só se aprende uma nova língua quando se está em contato com ela. E isso pode ser feito aqui, no Brasil.  

 

Muitas pessoas acreditam ser necessário viajar para países de língua inglesa para aprenderem o idioma, de fato. Mas isso é um mito. Nem todos que viajam ao exterior aprendem o inglês. E sabe por que isso acontece? Não estão em contato com o idioma.

 

Fato comum para quem faz um intercâmbio nos Estados Unidos, por exemplo, mas só interage em português com os brasileiros que também estão no país.

 

Contato com o inglês no Brasil

Sendo assim, estando no Brasil, mas mantendo o contato diário com o inglês, é possível aprender o idioma com a mesma efetividade de quem se propõe a estudar a língua no exterior, seguindo a prática do contato diário.

 

Mas, como fazer isso?

 

Recomenda-se um mínimo de 30 minutos de estudo por dia, seja lendo (ou mesmo escrevendo) textos, treinando a pronúncia ou assistindo a filmes, séries ou vídeos. Além disso, podem ser criados grupos de conversação.

 

O importante é estar imerso no inglês e o contato com o idioma existir em todos os sentidos: fala, escuta, escrita e leitura. Experimente levar a língua inglesa para pequenas tarefas do dia a dia, como para as redes sociais ou para o smartphone. Tente também pensar em inglês aquilo que você normalmente pensaria em português.

 

3º passo: material didático

Decisão tomada, é hora de começar a estudar inglês! Mas, por onde? Ao começar a aprender uma nova língua, é normal ficar perdido, sem saber por qual caminho seguir. “O certo é iniciar os estudos pela gramática? Verb to be? E depois?”

 

Existe um processo evolutivo de conhecimento, e ele começa pelo uso do idioma. Por exemplo, quando você se apresenta a alguém, você usa basicamente o verb to be. Para isso, não é necessário saber a gramática do início ao fim.

 

É aí que entra a importância do material didático:  ele irá guiar o seu estudo. “Ah, mas e quem aprende sozinho?” Realmente, algumas pessoas conseguem encontrar o caminho por conta própria, como é o caso de quem aprende inglês assistindo a vídeos no YouTube.

 

Porém, existem diferentes perfis de estudantes e nem todos são autodidatas e conseguem aprender sozinhos, sem uma base. Por isso é importante se guiar por um material feito por especialistas e estudiosos da língua, o que não costuma acontecer com quem aprende por conta própria ou pela internet, onde há muito conteúdo, porém pouca orientação.

 

4º passo: (re)aprender a estudar

Estudar não é apenas sentar frente a um livro e lê-lo do início ao fim. O ato envolve disciplina e algumas técnicas mais eficazes que apresentamos a seguir.

 

Uma prática que é muito comum entre os estudantes brasileiros do ensino básico, e que não é nada eficiente, é a de de “gravar” o conteúdo para replicá-lo durante uma prova. Dias depois, nada do que foi “estudado” é lembrado. Ou seja, zero aquisição definitiva de conhecimento.

 

E, para aprender inglês, isso não serve. A fluência deve ser para sempre, e não temporária. O flipped classroom, prática muito adotada entre os estudantes norte-americanos é muito interessante para o aprendizado da língua inglesa –  e também envolve a mnemônica e a neurolinguística, mencionadas anteriormente.  

 

Entenda:

 

flipped classroom consiste em estudar o conteúdo em casa, antecipando o conhecimento e aproveitando o momento com o instrutor, que trabalha como um  mediador de conversação, para tirar eventuais dúvidas e praticar o que aprendeu.

 

5º passo: técnicas de estudo

Agora, é importante saber como o processo de aprendizado acontece de fato. Dos estímulos enviados do cérebro à boca, ou às mãos para a escrita, entenda as principais técnicas de estudo do inglês.

 

Para entender o idioma falado

Esta deve ser a primeira fase do aprendizado, chamada de treinamento auditivo/neuronal. Imagens e sons são elementos que contribuem com essa apreensão. Além disso, a repetição faz com que percebamos algo que, antes, tenha passado despercebido ou que não tenhamos compreendido.

 

Para aprender a falar, é necessário aprender a ouvir.

 

Não basta ouvir sem entender. Crie uma base no idioma, torne o contato com o inglês diário. Familiarize-se com ele.

 

Uma boa e divertida maneira de começar é assistindo a filmes e séries em inglês já conhecidos por você. Conhecendo e gostando da história, fica mais fácil assistir por uma segunda ou terceira vez com legendas em inglês, e depois até mesmo sem legenda.

 

O mesmo vale para livros e músicas. Escute alguma música que você já conhece e gosta e acompanhe com a letra. Você vai ver que será mais fácil entender.

 

Para aprender a pronúncia

Nesta parte, entra o chamado treinamento fonético. Ele é o encarregado a fazer você usar o idioma que foi memorizado.

 

Cientificamente falando: existe uma parte do cérebro, o hipotálamo, que envia impulsos à boca, para a produção sonora. A partir daí, é promovida a coordenação motora para pronunciar as novas palavras que você já ouviu.

 

a pronúncia correta dependerá também da prática. Mais um motivo para o contato com o inglês ser diário. E uma boa pronúncia ajuda você não só a falar bem, mas também a compreender quem já domina o idioma.

 

Para aprender a escrita

A escrita é algo, em sua maior parte, mecânica. Por isso, é necessário ter coordenação entre o cérebro e os membros, e isso se faz também através da prática constante.

 

Ela anda de mãos dadas com a leitura e, com isso, vamos nos espelhando numa forma adequada de nos expressar textualmente.

 

Para aprender a gramática

Pode parecer estranho, mas aprender a gramática não é a parte principal durante o processo de se tornar fluente em uma nova língua.

 

Pense da seguinte forma: para ser fluente, devemos aprender o novo idioma da mesma forma em que aprendemos a nossa língua materna: falar, escrever, e depois, chegar ao que chamamos de gramática interna.

 

Tirar conclusões é uma habilidade comunicativa nata ao ser humano. A gramática interna é, basicamente, o aprendizado feito a partir de conclusões tomadas, e não de algo que foi ensinado de maneira convencional.

 

Parece complicado, né? Mas na verdade, é muito simples: a gramática interna acontece principalmente através da repetição. Ao ouvir a fala de outras pessoas, o ser humano a reproduz, aplicando a regra que ouviu.

 

Portanto, foque em aprender o idioma para, só depois, aprender sobre o idioma.  O importante aqui é ter boas referências para lhe guiar durante seu processo.

 

6º passo: como organizar os estudos

É importante firmar um compromisso com você mesmo e reservar um horário diário (30 minutos já são suficientes, lembra?) para estudar o inglês e manter o contato diário com o idioma, prática que já mencionamos aqui e é extremamente importante para o sucesso.

 

Durante esse período de estudos, se mantenha totalmente concentrado naquilo que está fazendo.

 

Para ajudar, encontre um local tranquilo e que não haja interrupções de fatores externos. Monte um calendário de estudos e siga-o de acordo com os seus objetivos naquele dia.

 

Portanto, se organize assim:

 

  • 30 minutos por dia;
  • concentração máxima neste período;
  • escolha um local tranquilo;
  • e monte um calendário de estudos e conteúdo.

 

7º passo: quanto tempo estudar por dia

Como já avisamos, recomenda-se um mínimo de 30 minutos de estudo por dia. Reservar esse tempo e dedicar ao inglês DIARIAMENTE pode parecer difícil para quem tem uma vida sem uma rotina fixa ou muito atarefada, mas saiba que é possível sim, é só uma questão de planejamento.

 

Estudo precisa ser hábito, mas não pode ocupar todo o seu tempo a ponto de cansar sua mente. Trinta minutos por dia é o ideal numa rotina diária, principalmente considerando que é um período razoável para não comprometer as outras tarefas do cotidiano.

 

Além de ser importante reservar esse tempo de estudo, todos nós temos alguns momentos ociosos ao longo do dia. Utilize-os para pensar, ler textos e ouvir músicas em inglês.

 

8º passo: motivação

A simples vontade de aprender um novo idioma e os objetivos pessoais de cada um já podem ser uma motivação e tanto. Porém, existem outros fatores que irão te ajudar a não deixar o estudo de lado no meio do caminho.

 

Comprometimento

Quando você firma um compromisso, que seja o de toda semana comparecer às aulas de um curso de inglês, o seu comprometimento com o aprendizado pode ser muito maior do que se você estudar por conta própria.

 

O mesmo vale para a prática de atividades físicas. Pense. Às vezes, você até pode treinar em casa, mas o seu comprometimento em executar essa ação pode ser muito maior quando se está matriculado em uma academia.

Suporte

A interação e o contato com outras pessoas em sala de aula, seja com o instrutor ou com outros alunos, irá fazer com que você pratique ainda mais a língua e aprenda durante as conversas e as trocas de experiências. Sem contar com a presença de um instrutor que prontamente irá tirar qualquer dúvida que possa surgir.

 

Lembra do exemplo da prática de atividades? Então! Ela também é válida aqui. Supondo que você goste de correr. Com o apoio de um grupo de corrida, por exemplo, sua evolução pode ser muito maior.

 

Evolução

A evolução é algo que nos motiva em várias áreas. Seja a mudança do nosso corpo quando começamos a praticar exercícios físicos, ou nossos desafios enquanto aprendemos algo novo. Olhar para trás e ver tudo o que vencemos durante nossa caminhada é algo que nos faz ter vontade de vencer ainda mais.

 

Então, que tal elaborar um cronograma de milestones? Com ele, você pode criar uma checklist de acordo com o que é importante aprender, além do que você deseja alcançar e dar seus “checks” à medida que cada uma se realizar.

 

Seja assistir a um filme sem legenda, aprender a pronunciar corretamente alguma palavra ou frase, ou realizar a próxima tarefa de seu material didático.

 

E aí, preparado? Com essas dicas em mente e foco para alcançar seus objetivos, tenha certeza de que a fluência no inglês está mais próxima do que você imagina!