Você já deve ter visto vídeos, ou situações da vida real, em que as pessoas realmente se assustam enquanto usam headsets: elas gritam, caem e se enlouquecem enquanto experienciam a tecnologia. Isso tudo são efeitos da realidade virtual.
Você também já deve ter ouvido falar sobre efeitos colaterais da realidade virtual, não é? Algumas pessoas relatam ter cansaço visual, náusea e dor de cabeça enquanto experimentam vídeos e jogos com o uso dos óculos.
Por isso, neste post, vamos te explicar por que as pessoas costumam se assustar tanto com o uso da tecnologia. Vamos também mostrar por que esses efeitos colaterais podem acontecer e como eles podem ser amenizados, tanto pelos usuários quanto pelos desenvolvedores.
As reações
Esse tipo de reação é comum entre os usuários da tecnologia de realidade virtual. Isso é um dos efeitos da realidade virtual, que acontece devido à imagem em 360º exibida na tela do headset, aliada aos fortes sons e ruídos - o que provoca uma imersão psicológica, mesmo o corpo físico estando inerte.
A imersão no conteúdo exposto é tamanha que as pessoas confundem psicologicamente o que estão vendo com a realidade.
É comum que os jogos e vídeos assistidos recorram aos recursos de sensações, como a adrenalina e o medo. As pessoas caem e gritam justamente por pensarem que, de certa forma, estão vivenciando tudo o que estão vendo e ouvindo.
Por isso, o recomendado é que os usuários façam o uso da tecnologia em locais apropriados, sem objetos que possam ser quebrados por perto, e sentados, para não correrem o risco de caírem e se machucarem.
Os efeitos colaterais
A confusão entre o físico estável e o psicológico em movimento pode ser tanta que efeitos colaterais, como cansaço visual, náusea e dor de cabeça, podem aparecer.
Primeiramente, é importante informar que os efeitos colaterais não acontecem em todos os usuários da tecnologia - isso varia de acordo com a disposição física de cada um.
Marty Banks, professor de optometria da University of California, Berkeley, em entrevista para o jornal britânico The Guardian, tem uma visão positiva sobre isso: “Tudo o que tenho visto [sobre os efeitos colaterais] sugere que eles são de curto prazo e reajustados logo depois que os headsets são retirados.”
Quando há a possibilidade de acontecerem os efeitos colaterais, os usuários são anteriormente informados pelos programas ou aplicativos.
Veja, então, os efeitos da realidade virtual mais comuns e a razão de acontecerem.
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Cansaço visual: o que ocorre com o cansaço visual, ou fadiga ocular, é a dificuldade momentânea de focar imagens. Isso ocorre porque o efeito 3D é criado por diferentes imagens nos olhos esquerdo e direito.
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Náusea: as náuseas e os enjôos são causados pela confusão causada entre o físico e o psicológico. Se o corpo não acompanha as movimentações causadas pela imagem, o mal-estar é criado.
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Dor de cabeça: o peso dos headsets e a grande exposição à luz de suas telas dão uma sobrecarga ao cérebro e, por isso, as dores de cabeça costumam ser frequentes em usuários da realidade virtual.
Veja também: Mercado de realidade virtual e aumentada: conheça os números
As soluções
Estudos e pesquisas da área de tecnologia já sugerem mudanças nos modos de manuseio do usuário e no desenvolvimento da realidade virtual para uma menor acentuação dos efeitos colaterais.
A Oculus, empresa fabricante de óculos de realidade virtual, alerta para o usuário:
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Menores de 13 anos não devem usar os aparelhos;
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Não use se você estiver cansado, sonolento, sob efeito de drogas ou álcool, com problemas digestivos, sob estresse, ansiedade, gripado, resfriado, com dor de cabeça, enxaqueca ou dor de ouvido;
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Devem consultar um médico antes: grávidas, idosos e quem tem transtornos psiquiátricos, problemas cardíacos, anomalia de visão binocular ou doenças crônicas graves;
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Faça uma pausa de 10 minutos a cada 30 minutos do uso de óculos;
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Interrompa o uso se tiver: convulsões, perda de consciência, cansaço visual, espasmos nos olhos ou em outros músculos, movimentos involuntários, anormalidades visuais, tontura, desorientação, dificuldade de equilíbrio, suor excessivo, aumento de salivação, náusea, tontura, sonolência, fadiga ou enjoo.
Outros pesquisadores e fabricantes ainda propõem mudanças nos modos de desenvolvimento das tecnologias de realidade virtual. Veja algumas opiniões:
Manter um grande campo de visão dos headsets
Pesquisas de percepção visual mostram que, restringindo o FoV - Field of View dos headsets, que nos seres humanos é de 200 graus, o senso de presença do usuário diminui.
Por isso, o recomendado é que os headsets tenham pelo menos 60 graus de FoV, não 35 como a maioria atualmente, para que os usuários se sintam completamente imersos no conteúdo exibido.
Com apenas 35 graus de campo de visão, a experiência do usuário é de assistir ao conteúdo, não necessariamente de estar imerso nele.
Integrar capacidades de realidade aumentada à realidade virtual
Os óculos de realidade virtual devem poder controlar, de usuário para usuário, baseados no mundo real, os níveis de translucidez do conteúdo exibido. Dessa forma, o usuário fica mais firme no mundo real de alguma forma, amenizando as náuseas causadas pelas desordens psicológicas e a fadiga ocular.
A realidade aumentada também deve ser implantada à virtual em sua forma mais simplista, integrando objetos do mundo virtual à realidade. Assim, são feitas pequenas pausas na total imersão, o que não prejudica o efeito proposto da realidade virtual, mas minimiza, também as confusões psicológicas.
Na UPTIME, por exemplo, os alunos terão uma exposição mais moderada e alternada entre as realidades virtual e aumentada. Isso proporcionará um estudo mais saudável e eficiente da língua inglesa, pensado justamente para se adequar ao método de estudo da UPTIME.
Fornecer uma óptica natural para os olhos
Os headsets, tanto de realidade virtual quanto de realidade aumentada, devem imitar como funciona a visão humana, para fornecer uma visão mais confortável em conteúdos 2D e 3D. Em termos psicológicos, os fabricantes dos óculos têm que resolver a tensão conhecida como acomodação/conflito de convergência e, assim, eliminar o cansaço visual.
Ativar uma interface natural para o usuário
Novos formatos de controle possibilitam uma experiência mais orgânica com a realidade virtual para o usuário. Por exemplo, uma interface de controle por meio outras formas, como com pulsos, dedos e mãos, possibilita maior naturalidade no uso da tecnologia.
Agora que você já sabe os efeitos da realidade virtual, conheça mais sobre a tecnologia aqui, nesta página!