Quando pensamos em realidade virtual, não temos a ideia da dimensão dos benefícios que ela pode trazer para o bem-estar em tratamentos médicos. A tecnologia já está sendo usada para tratamento de fobias, ansiedade, depressão e até diabetes.
Neste post, vamos apresentar três tratamentos que já estão sendo implementados pela medicina em todo o mundo:
Tratamento de dor
A empresa norte-americana Firsthand - especializada em assistência médica - possui uma parceria com a Universidade de Washington, nos EUA, para criar soluções de alívios de diferentes dores de pacientes em hospitais.
Os conteúdos em realidade virtual distraem os pacientes durante os procedimentos médicos, como a troca de um curativo delicado, medicação intravenosa, entre outros.
Segundo Jeremy Bailenson, diretor do Laboratório de Interação Virtual Humana da Universidade de Standford, a tecnologia distrai tanto a mente humana, que seus estudos estimam uma redução de até 70% da sensação dolorosa.
Reabilitação psicossocial
O combate a problemas de saúde mental ganhou um aliado totalmente inovador nos últimos anos. “A aplicação da realidade virtual no domínio da saúde mental já é uma realidade”, afirmou Teresa Souto, professora da Universidade Lusófona do Porto, em Portugal, em uma entrevista para o site português Jornal de Leiria.
Segundo a especialista em reabilitação psicossocial, o paciente é transportado para um ambiente que simula uma possível situação de algum problema já enfrentado por ele. O tratamento é seguro e monitorado por médicos.
Hospitais no exterior já estão adotando este método, como é o caso do Sainte Justine, em Montreal, Canadá, que foca o tratamento com a tecnologia para efeitos terapêuticos em crianças.
Tratamento de fobias
Para o cérebro, tudo é real e é por isso que a tecnologia da realidade virtual é muito promissora para o tratamento de fobias e crises de ansiedades:
“O cérebro é enganado pelo mecanismo. Quando ele é estimulado pelo meio ambiente, as informações vão para a amígdala cerebral, que é o local da tomada de decisões rápidas. Então, mesmo você sabendo que é realidade virtual, seu cérebro reage como se fosse vida real”, explica o psiquiatra Cristiano Nabuco, médico do Instituto de Psiquiatria da USP (Ipq-HC), em entrevista para o jornal O Tempo.
Desde 2012, o (Ipq-HC) realiza testes e aplicações do tratamento contra fobia social, que afeta cerca de 8% da população mundial. Os pacientes são submetidos a situações que lhes trazem desconforto, como a interação com desconhecidos, apresentação em público, etc.
De acordo com a criadora do programa, a psicóloga do instituto, Cristiane Maluhy Gebara, o dispositivo permite que a experiência dê um grau de realismo no ambiente do consultório, com orientação do terapeuta que é de extrema importância e cautela.
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