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Hello, guys! 

Meu nome é Ingrid Stockler, tenho 21 anos, e sou apaixonada por escrita e leitura – por isso curso jornalismo. Na verdade, tenho muitas paixões, e hoje vou compartilhar uma delas com vocês: viajar. Sim, amo desbravar novos lugares, seja uma cidade de interior próxima a Belo Horizonte (minha cidade natal) ou outro país. Para mim, o que mais importa é ter gratidão por tal oportunidade e desfrutar cada momento. Afinal, a experiência em cada lugar depende da intensidade de quem a vive

Em 2014, decidi fazer um intercâmbio cultural, mas a minha maior dúvida era escolher o destino. Pesquisei bastante – isso é fundamental – e, por fim, fiquei entre Malta, país no sul da Europa, e Montréal, no Canadá. Como já havia estudado inglês, pretendia apenas aperfeiçoá-lo, e descobri que a cidade canadense é bilíngue – o idioma oficial do estado do Quebec é o francês, mas o inglês também é falado por boa parte de sua população. Aí já fui logo comprando as passagens para ir ao “gigante do norte”. <3

Atualmente, completo dois anos que voltei ao Brasil e posso dizer que viajar para o Canadá foi a melhor escolha. Vivi momentos especiais e, hoje, a saudade transborda em meu coração. Por esse motivo, sinto que devo compartilhar com vocês, aqui no Blog UP, um pouco dessa cidade incrível. Espero que gostem! ;)

Lugares que visitei

  • La ville soutarraine | Underground city

Montréal possui uma das maiores “cidades subterrâneas” do mundo, que se estende por mais de 32 km de túneis construídos para proteger a população do frio e da chuva – o inverno por lá é muito rigoroso. Nesses túneis, há várias lojas, restaurantes, edifícios comerciais, hotéis, etc. A cidade subterrânea funciona de acordo com o horário do metrô, ou seja, de 5h30 da manhã até 1h da manhã do dia seguinte. 

  • Place des Arts | Block of shows

Considerado um dos grandes símbolos e pontos turísticos da cidade “québécois”, a “Praça das Artes”, conhecida também como Quartier des Spectacles, é palco de vários shows e atividades que acontecem na região da cidade e atrai a atenção não só dos locais, como também dos gringos. Há, em sua volta, muitos museus, exposições e apresentações artísticas. Vale muito a pena conhecer, não somente uma vez.

  • Musée d’art contemporain de Montréal (MAC) | Museum of Contemporary Art​

Fundado em 1964, a pedido de artistas que desejavam ter uma instituição com obras contemporâneas de locais, da região de todo o Québéc, estado canadense. Atualmente, o MAC abriga artes de autores do mundo inteiro, e sua coleção permanente possui cerca de 7.600 obras. O lugar oferece, ainda, diversas atividades educacionais para o público em geral. 
*Ah, uma dica: todos os lugares privados oferecem meia-entrada para estudantes (além de crianças, é claro).
 

 Site oficial

  • Musée d'Archéologie et d'Histoire Pointe-à-Callère | Museum of Archaeology  and History Pointe- à- la-Callère​

Esse museu é um dos principais de Montréal. Consiste em um sítio arqueológico com centenas de peças milenares. Há ruínas em todo o espaço de exposição, e o local ainda oferece atividades educacionais.

 Site oficial

  • Beaux-arts de Montréal | Museum of Fine Arts

O Belas Artes de Montréal foi fundado em 1860. A princípio, possuía cerca de 30 mil peças e, atualmente, já é considerado um dos acervos mais importantes do continente norte-americano. Nele, há abrangentes obras da época medieval, barroca, de artistas impressionistas e pós-impressionistas, como Pablo Picasso, por exemplo. O museu também possui uma coleção de arte canadense de artistas renomados como Paul Lambert.

Site oficial

  • Vieux Montréal | Old Montreal

Essa é a parte mais histórica da cidade. Ela recebe, por ano, cerca de 11 milhões de turistas (uau!). Seu encanto está nas ruas de pedras, nos jardins espalhados por toda a região e, principalmente, pela arquitetura do século 17, como a Basílica de Notre-Dame e o prédio Royal Bank. O bairro possui também o Old Port (Porto Velho), com uma incrível e agradável paisagem do rio São Lourenço – ao longo de sua extensão, você poderá curtir outros museus, cafés, restaurantes e uma via para ciclistas. 

Vista interna da Basílica de Notre-Dame, em Montréal.
Vista interna da Basílica de Notre-Dame, em Montréal.
  • Quartier Chinois | Chinatown

O bairro chinês é uma das regiões mais movimentadas de Montréal, e abriga muitas lojas e restaurantes da cultura oriental, bem como organizações e associações chinesas no Quebec: igreja da missão católica chinesa e a maior escola chinesa da cidade, com mais 1500 alunos. Para os admiradores dessa cultura, é um passeio imperdível já que dá para fazer compras com um preço acessível, além de almoçar um típico prato chinês e depois experimentar as famosas sobremesas. Eu, particularmente, achei algumas muito exóticas, como por exemplo: flocos de arroz caramelizado, o bolinho Mochi, também feito com arroz (glutinoso) e recheio de melão.

  • Jardin Botanique | Botanical Garden 

É um dos maiores jardins botânicos do mundo! Seus 75 hectares reúnem mais de 22 mil espécies de plantas, 20 jardins temáticos (japonês, por exemplo) e 10 estufas de exposição. Dá para visitá-lo em qualquer época do ano, especialmente no inverno, mostrando que a cidade não para só porque está abaixo de 15 graus negativos (HAHA). O interessante também é que a instituição que administra o Jardim é engajada em causas ambientais e desenvolve projetos visando à preservação do meio ambiente.

Botanical Garden
Botanical Garden
  • Parc Olimpique | Olympic Stadium

O complexo foi construído para os Jogos Olímpicos de 1976. Com estruturas grandiosas, milhares de pessoas visitam à famosa torre inclinada, Montréal Tower, 45°. No seu topo há um observatório que reserva um vista de 360° de toda a cidade.

Montréal Tower
Montréal Tower
  • Biodôme | Biodome

A conhecida “Casa da Vida” simula cinco ecossistemas da América e abriga mais de 250 espécies de animais e 500 variedades de plantas. O mais legal do Biodôme é que, apesar das condições climáticas do Canadá, é possível, em um só lugar, experimentar diferentes sensações. O passeio é bem rápido, é possível conhecer todo o local, que está localizado no Complexo Olímpico, em 45 minutos.

  • L’oratoire Saint-Joseph | San Joseph’s Oratory 

É um ponto turístico muito conhecido em Montréal. Construído em 1990, o oratório é uma igreja considerada patrimônio do Canadá. Com um belo jardim e mirante, o seu interior consegue ser ainda mais bonito, é um ambiente calmo e com uma energia surpreendente.

San Joseph’s Oratory
San Joseph’s Oratory
  • Mont-Royal

O parque também é um ponto turístico, mas é muito frequentado pelos locais. Seu tamanho e beleza chamam atenção, e uma curiosidade: ele foi arquitetado pela mesma pessoa responsável pelo projeto do Central Park, em Nova Iorque. Nele, é possível praticar diversas atividades ao ar livre, inclusive no inverno: caminhar, correr, fazer piquenique, pista de patinação, ‘esquibunda’, snowshoeing e muito mais! Basicamente, o Mont-Royal muda de acordo com a estação do ano. Ah, também é possível alugar bicicletas e aproveitar muitas atrações musicais amadoras. 

Mont-Royal Park
Mont-Royal Park
  • Rue Sainte Catherine | Saint Catherine street

É o point para quem deseja fazer compras. Localizada na região central da cidade, essa rua é uma das maiores e possui muitas lojas em toda sua via– embora haja a cidade subterrânea. Por lá, você encontra de tudo um pouco, desde brechós até marcas luxuosas como Guess, Banana Republic (amo!), Armani Exchange. Tem também as nossas queridinhas Forever 21, H&M, MAC e Apple Store. Outras ruas também são divertidas de visitar, como a Saint Denis e Laurier Avenue.

Outlet

Outra opção de compras que amamos. Em Montréal, há vários outlets com preços fantásticos, e os principais são: Premium Montréal, Marché Central, Space Maison, Tristan Entrepot, Tanger Outlet.

Melhores lugares para comer

É fato que Montréal possui inúmeros restaurantes, das mais variadas cozinhas. A cidade oferece um deleito ao nosso paladar. A cada esquina é possível encontrar um bom café ou um restaurante mais sofisticado. Separei alguns lugares em que mais gostei de comer.

  • Juliette&Chocolat: famosa loja de doce que está presente em todos os cantos da cidade. É maravilhosa (pra quem não faz dieta)! :)
  • Tim Hortons: é a versão canadense do da cafeteria Dukin’ Donuts (rede americana);
  • Café Regine: é uma charmosa cafeteria, localizada na parte nobre de Montréal, e serve deliciosos lanches, sua especialidade é o croissant recheado; 
  • Barroco: um restaurante com cozinha local, com estrutura estilo medieval, o que sugere um ambiente bastante aconchegante. Localiza-se no Old Montréal e alguns pratos possuem o preço um pouco “salgado”, ou seja, prepare o bolso;
  • Joe Beef: o restaurante serve pratos suculentos, gostosos e possui uma carta de vinhos maravilhosa;
  • Ben & Jerry’s: uma das sorveterias mais famosas do Canadá e está, com certeza, na minha lista de TOP 5;
  • Les 3 Brasseurs: um bar que produz sua própria cerveja artesanal. Eles ainda fornecem, no próprio cardápio, sugestões de pratos que combinam com as bebidas;
  • O Noir: já experimentou jantar no escuro? Pois esse restaurante te oferece essa experiência (um dos momentos mais mágicos que já vivi). Sofisticado, o O Noir possui em sua equipe garçons deficientes visuais. Quando você chega, passa por uma antessala, onde possui luz, e você faz o primeiro contato com a recepcionista do restaurante. Você escolhe seus pratos, sua bebida e a sobremesa. Por fim, o garçom chega até você, se apresenta e o guia para dentro do recinto – completamente escuro. É incrível como eles conhecem todo o mobiliário do local, conseguem andar perfeitamente. Aí você está se perguntando: “legal, mas como eu faço para comer?” Bom, algumas pessoas conseguem comer utilizando talheres, mas eu inovei e comi tudinho com a mão. E, acreditem se quiser, foi muito bom. Senti a comida, consegui saborear todas as sensações, que é o principal convite do O Noir;
  • La Banquise: a região do Quebec possui um prato muito famoso: o poutine, que consiste em uma porção de batata frita com molho de carne especial e queijo. É uma delícia! Cada restaurante o serve de uma maneira diferente. Em alguns, você consegue personalizar o prato, colocando quantos ingredientes desejar;
  • Clebard: é uma espécie de pub quebecoi voltada mais para o público jovem universitário;
  • Peel Pub: é um pub direcionado, principalmente, aos amantes do hóquei no gelo – o esporte mais valorizado no Canadá. Lá rola de tudo: comida boa, chopp, transmissão de muitos jogos – se os Canadians, time oficial de Montréal, estiverem jogando, o bar oferece, a cada gol feito, rodada dupla de chopp;
  • Dunk Famous: é um restaurante estilo americano, que serve de tudo um pouco, mas sua principal especialidade é o prato quebecoi, poutine;
  • Schwartz's Deli: o restaurante mais famoso de Montreal e o preferido da cantora Celine Dion – natural da cidade – serve smoked meat (carne defumada), com um molho secreto. Muitas pessoas já tentaram descobrir o que tem de tão especial nele, mas a casa nunca revelou. E deve continuar assim, né?

Festivais que indico

  • Festival de Jazz de Montréal

No verão, Montréal é palco do maior festival de jazz do país e um dos mais famosos do mundo: o Festival Internacional de Jazz de Montréal. Criado em 1980, ele acontece entre junho e julho, dura cerca de dez dias e reúne 3000 músicos de 30 países, além de proporcionar outras atividades culturais. A boa notícia é que a maioria desses eventos tem entrada gratuita (Uhul!). 

  • Just pour rire: um festival de comédia muito interessante, que acontece em meados de julho. 
  • Fraconfolies

Festival com apenas músicas francófonas. Vários artistas, inclusive os amadores, se apresentam em diferentes palcos montados na Place des Arts. Ele é muito famoso, além de valorizar a língua francesa, reconhece os artistas locais.

  • Festival Lumiére

Quem pensa que a cidade não oferece atrativos durante o inverno, está muito enganado! Já dei algumas dicas acima, e esse festival aqui acontece em fevereiro e março, quando a temperatura está extremamente baixa. É o maior evento durante essa estação, e sempre garante música boa, teatros, danças, além de muita comida e doces regados a chocolate quente. A Noite Branca, como o Lumiére é popularmente conhecido, tem como atrativo também um tobogã de gelo enorme, tirolesa e roda gigante. 

E aí, já sentiram um gostinho de como uma viagem a essa cidade pode ser incrível? Eu adorei poder relembrar um pouco como foi minha experiência, e espero ter despertado em vocês o desejo de viajar conhecer novas culturas. 

Lembrando que Montréal é um ótimo destino para aperfeiçoar o inglês e, se possível, aprender o francês. Demais, né?