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Já pensou em estudar no exterior? Com a fluência em inglês e o diploma de uma instituição estrangeira, o seu currículo será valorizado. Resultado? Maior chance de alcançar uma carreira profissional de sucesso! 

 

Neste post você irá aprender tudo sobre graduação e pós graduação no exterior:

 

  • Como tomar a correta decisão;

  • Quais documentos são necessários para o processo de admissão;

  • Quais instituições oferecem bolsas de estudos.

 

Primeiro, por que estudar no exterior?

Existem bons motivos para viver uma experiência acadêmica internacional. E o primeiro deles é que:

 

as melhores instituições de Ensino Superior do mundo não estão no Brasil. 


Junte à isso, a recente descoberta de uma pesquisa realizada pelo Institute For The Future (IFTF), que revela:


uma das principais habilidades do futuro será a competência intercultural: a capacidade de trabalhar em diferentes contextos culturais. 

 

Há inúmeras formas de viver um aprendizado cosmopolita:

 

  • estudando inglês;

  • realizando cursos de especialização;

  • graduação;

  • e até pós-graduação. 

 

Graduação no exterior

O processo para aplicar à uma vaga em uma universidade estrangeira, seja em um curso de graduação ou pós-graduação, é bastante diferente do modelo brasileiro. 

 

Para cursos de graduação, a admissão confere:

  • desempenho acadêmico no Ensino Médio;

  • atividades extracurriculares;

  • trajetória pessoal.

 

Além disso, as instituições precisam saber o seu nível de proficiência no idioma em que as aulas são ministradas. Para isso existem exames que qualificam a sua capacidade de compreensão. 

 

No caso da língua inglesa, os mais aceitos são o TOEFL e TOEIC. 

 

Cada universidade possui autonomia para exigir o valor da nota. Os mais concorridos, consequentemente, precisam de uma maior pontuação nos exames. No processo de application, que é sempre online, você precisa enviar algumas documentações para serem avaliadas. 

 

As documentações mais pedidas pela maioria das universidades são:

  • Carta de referência: é necessário que algum de seus professores escreva uma recomendação sobre seu perfil de aluno. O ideal é escolher um professor que tenha certa proximidade ou que seja orientador de projeto/estágio. O objetivo é chamar a atenção da universidade de destino. 

 

  • Personal Statement: é uma carta de apresentação, na qual você vai escrever sobre você, suas qualidades e conquistas acadêmicas. É interessante falar também sobre seus objetivos no curso e seu diferencial para ser aceito naquela instituição.

 

  • Histórico escolar: você precisa anexar no e-mail todo o seu histórico escolar, desde o ensino fundamental, até o atual período da universidade. 

 

  • Comprovantes: se possuir, é interessante anexar prêmios de iniciação científica, experiências profissionais, trabalhos voluntários etc. 

 

Entenda mais sobre o processo de admissão aqui.

 

Pós-graduação no exterior

Uma pesquisa realizada pela Catho Online, revela que:

  • a pós-graduação é importante para os profissionais que querem ocupar cargos de chefia;

  • profissionais que possuem mestrado ou doutorado, por exemplo, ganham 37,72% a mais do que os graduados. 

 

Pensando nisso, preparamos um passo a passo para auxiliar quem deseja realizar uma pós no exterior. Além disso, selecionamos quatro instituições que oferecem bolsas de estudos.

 

O valor médio de um curso no exterior - em uma universidade renomada - é U$60.000,00 (aproximadamente R$190.000,00).

 

Tomada de decisão 

O primeiro passo a dar é considerar os prós e contras de cursar uma pós-graduação no exterior. É preciso conhecer os principais pontos que motivam você a fazer o curso fora do país. Faça a escolha certa pensando a longo prazo, ou seja, nas possibilidades que você terá quando retornar ao Brasil. 

 

Prós

  • Conhecimento direto da fonte. Você vai estudar com professores que são experientes e que, muitas vezes, participaram da criação de teorias já estudadas.

  • Ter no currículo que você estudou em uma universidade no exterior conta muito em qualquer mercado, principalmente o brasileiro.

  • Você conhece pessoas de várias nações. Se você for para os EUA, por exemplo, grande parte dos pós-graduandos são estrangeiros e estão vivendo a mesma experiência que você.

 

Contras

  • É importante levar em consideração o custo total de estudar fora. Várias universidades e instituições oferecem diferentes tipos de bolsas para estrangeiros, é uma ótima opção para quem não tem recursos financeiros suficientes.

  • Pode acontecer de você ficar “desconectado” do mercado brasileiro. Você já está vivendo uma carreira linear, fazendo contatos e, de repente, passa um tempo fora. Caso você volte para o Brasil, seu currículo vai impressionar, mas você perde a conexão com as pessoas.

  • Segundo o Ministério da Educação, "os diplomas de cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) expedidos por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades brasileiras regularmente credenciadas no âmbito do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) no prazo de 180 dias, a partir da data em que o pedido foi gerado";

 

Dica: Ter uma experiência profissional no Brasil, antes de iniciar os estudos no exterior, dá um leque maior para a absorção de conhecimento. Além disso, você precisa ter em mente o que quer estudar e desenvolver, de fato, lá fora.

 

Como escolher o curso certo?

Existem diferentes cursos de pós-graduação, desde especialização à pós-doutorados.

 

Pós-graduação lato sensu

Os cursos conhecidos no Brasil como “pós-graduação lato sensu”, não são de Mestrado ou Doutorado. Eles apenas certificam o aluno como especialista em um tema. A duração pode variar de um mês até dois anos. 

 

Mestrados profissionais

Os mestrados profissionais, conhecidos como MBAs, são focados na prática do mercado de trabalho. Para eles, é necessário:

 

  • ter experiência na área de atuação; 

  • além da proficiência no idioma escolhido. 

 

Mestrados acadêmicos

Os mestrados acadêmicos são voltados para aqueles que desejam seguir uma carreira acadêmica, na área de pesquisa de um tema específico. Ele pode ser aplicado logo após a conclusão da graduação.

Não é exigido uma longa experiência profissional, mas algumas universidades podem pedir “testes” para filtrar, ainda mais, os candidatos. 

Ou seja, a fluência no idioma é fundamental. 

 

PhD

O PhD é o último e o mais alto título acadêmico recebido por alguém. Mas ele pode ser direcionado para a área profissional, que é conhecido como “Doctor in”. 

A sua duração total é de quatro anos, dependendo do curso. 

 

Doutorados sanduíches

Os doutorados sanduíches ocorrem quando uma parte do curso é feito em seu país de origem e a outra - normalmente uma pesquisa - é feita em alguma universidade no exterior. 


Faça uma auto-análise

Este é o momento em que é preciso refletir sobre sua carreira, ainda no Brasil. Algumas perguntas podem guiar a escolha do caminho certo:

 

  • Em qual lugar você se encontra, como profissional?

  • Você está pronto para aplicar seus conhecimentos em uma outra cultura?

  • Como uma experiência internacional vai agregar para os seus objetivos? 

 

Como proceder na application? 

Primeiro, entenda o que é application: 

 

é um processo no qual o candidato pleiteia uma vaga na universidade desejada. Ele é feito online e, basicamente, solicita a coleção de todos os dados do estudante: vida acadêmica, profissional e pessoal. 

 

É preciso registrar as cartas de recomendação de profissionais que deram aula ou que trabalharam com você. Elas são fundamentais para o processo seletivo, pois as universidades levam em consideração a imagem que você passa, seja como aluno e/ou profissional.

 

Assim como no processo para realizar a graduação, os documentos pedidos mais comuns são:

 

Importante: todos os documentos listados precisam ser submetidos à tradução juramentada, acompanhado do documento original (em português). 

 

Normalmente, o envio das documentações no processo do application é feito entre novembro e janeiro. Já as universidades, costumam responder ao processo até o mês de abril. 

 

Algumas dicas:

  • Converse com alunos que já aplicaram e foram aprovados sobre os testes exigidos pela universidade;

  • Universidades estrangeiras participam de info sessions em vários países, como o Brasil. São palestras nas quais são apresentados os planos de cursos. É mais uma forma de se conectar com a universidade, esclarecer dúvidas e demonstrar interesse.

 

O que é Statement of Purpose?

A universidade quer conhecer você e saber quais são seus objetivos, e porque o curso que ela oferece te ajudará a realizá-los. Para informar isso, é necessário escrever uma carta sobre você.

 

O que as universidades buscam?

 

Elas buscam aplicantes que já tenham experiência e desejam aprimorar seus conhecimentos. Portanto, é hora de se vender, e claro, nada de mentiras.

Há também aquelas que buscam candidatos para formá-los em uma área específica e ainda desconhecida. Ou seja, alunos que se integrem, posteriormente, ao grupo docente da universidade, como pesquisadores, por exemplo. 

 

O que escrever na carta?

 

  • Produza um documento autêntico que transpareça sua personalidade; 

  • fale sobre suas experiências acadêmicas, extra curriculares e profissionais. 

  • comece do macro e reduza o conteúdo ao limite permitido de palavras determinado pela universidade escolhida.

 

DICA: é importante conhecer a universidade antes de escrever a carta, pois algumas optam por temas específicos para serem tratados dentro do statement of purpose. 

 

Quais exames são exigidos?

No processo de admissão em universidades estrangeiras - para cursos de pós-graduação - dois testes são exigidos para medir a qualificação dos candidatos. 

Já os candidatos estrangeiros, precisam comprovar a fluência no idioma usado pela universidade escolhida, através de um certificado de proficiência.

 

GMAT e GRE

Enquanto o GMAT (Graduate Management Admission Test) é o exame exigido para admissão em cursos de MBA, o GRE (Graduate Records Examinations) é indicado para quem tem interesse em realizar um mestrado acadêmico, como Doutorado.

Eles avaliam, essencialmente, o raciocínio verbal e quantitativo. 

 

Confira aqui a tabela completa sobre a estrutura dos testes citados acima.

 

TOEFL 

TOEFL (Test of English as a Foreign Language), é o exame de proficiência em inglês mais utilizado no mundo. Ele avalia sua capacidade de compreensão da língua inglesa em um contexto acadêmico.

Confira tudo sobre este exame em seu guia definitivo.

 

IELTS

IELTS (International English Language Testing System)  é também um dos mais famosos e reconhecidos exames de proficiência em inglês, porém, qualifica apenas sua capacidade de falar inglês. 

Confira como é a estrutura dos seus exames, no site do consulado britânico.


Como é a entrevista de admissão 

Algumas universidades podem incluir em seus processos seletivos uma entrevista presencial ou por Skype. Ela pode ser realizada por um representante da instituição, profissional do escritório de admissões ou até mesmo com um ex-aluno. 

 

Nesse momento, eles analisam se o perfil do candidato corresponde à cultura institucional da universidade. 

 

Aproveite a oportunidade e conte tudo sobre você e suas experiências.

 

Bolsas de estudo

O gasto média de uma pós-graduação no exterior é de 50 mil reais por ano.

O preço é salgado! Mas a boa notícia é que existem instituições, governamentais e privadas, que oferecem bolsas de estudos para brasileiros que desejam estudar no exterior.

 

Conheça algumas delas:

  • Programas do Governo Brasileiro: Cnpq (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e o Capes (Ministério da Educação).

  • Fundação Lemann: tem como missão criar uma comunidade de talentos e líderes para fazer a diferença no Brasil, principalmente, na solução de problemas sociais.

  • Fundação Estudar: potencializa uma cultura de excelência e auxilia os estudos e a carreira de brasileiros universitários e recém-formados.

  • Fulbright: oferece programas de bolsas para atender às necessidades de formação de estudantes e pesquisadores, nos Estados Unidos.

 

Conheça a história de uma brasileira que está estudando no exterior

“Eu escolhi fazer o Doutorado por eliminação, porque no Brasil não há muito incentivo para o graduado seguir a área acadêmica. Por exemplo, poucas universidades brasileiras são focadas em pesquisas, principalmente quando você é graduando ainda. 

As pesquisas de ponta, recursos financeiros e infraestrutura se concentram, majoritariamente, nos Estados Unidos. Por isso, decidi estudar fora! Aqui, dependendo da área, quando você entra em um programa de Doutorado tem o Mestrado junto. 

Nos EUA, o processo de application é longo, trabalhoso, complexo e muito diferente do sistema brasileiro. Por isso, o primeiro passo que recomendo é escolher as universidades que deseja aplicar, baseado nas áreas em que elas são fortes. A escolha precisa ser estratégica! 

As cartas de recomendação também são cruciais no processo seletivo, e, normalmente, são pedidas duas ou três.”

Gabriela Godinho, 23, aluna de Doutorado em Economia, na University of Virginia, EUA.