Foi no ambiente de trabalho que a graduanda de Direito, Debora Frolich, ouviu falar do programa de intercâmbio Work Experience pela primeira vez. Interessada, pesquisou sobre o assunto e decidiu investir na possibilidade.
“Contratei uma agência de turismo que faz a ponte entre o interessado na vaga de emprego e o empregador”, explica.
Abaixo, ela fala sobre os processos burocráticos da viagem e os treinamentos que precisou passar para garantir sua vaga em um emprego temporário nos Estados Unidos.
Como planejar uma viagem internacional
Debora escolheu três empresas da região norte-americana que gostaria de trabalhar e a agência de turismo agendou as entrevistas (em inglês) via Skype com os empregadores.
“Após descobrir o programa de intercâmbio, comecei a praticar inglês e fiz uma aplicação para trabalhar em um resort no estado de Wisconsin como salva-vidas”, relembra.
Depois de passar pela entrevista e ser admitida para o trabalho temporário no parque aquático Wild WaterDome do Wilderness Resort, Debora viajou até o Rio de Janeiro para uma entrevista no Consulado Geral dos Estados Unidos da América.
Visto de trabalho nos Estados Unidos
A duração da entrevista no Consulado foi de 15 a 20 minutos e intercalou perguntas em português e inglês.
“Assim que viram que meu visto era o J-1 [de não-imigrante que inclui turismo, estudo e trabalho temporário], comecei a ser entrevistada também em inglês para testar a minha proficiência.”
Até então, fazia um ano desde que Debora havia concluído o curso College na UPTIME Serra-Laranjeiras (ES).
“Consegui responder às perguntas normalmente nos dois idiomas, e fui aprovada. Inclusive, o J-1 é um dos vistos que mais reprovam exatamente por exigir o nível avançado em inglês antes da viagem”, comentou.
Sendo assim, as etapas para o intercâmbio foram:
- contratar uma agência de turismo;
- escolher três empresas para tentar uma vaga de trabalho;
- entrevista em inglês por Skype com os empregadores;
- entrevista em português e inglês no Consulado Geral dos Estados Unidos da América;
- retirar o visto americano J-1.
Quanto tempo dura um intercâmbio de trabalho
No programa de Work Experience, Debora determinou o período do intercâmbio mas com uma ressalva: as datas precisavam ser compatíveis com o seu período de férias escolares.
“Para participar de um intercâmbio de Work Experience é preciso estar matriculado em um curso de ensino superior e obter uma declaração da universidade de que você estará de férias durante esse período que estiver fora do País”.
Entre os pré-requisitos do intercâmbio de trabalho remunerado, ela destaca os que considera como os três principais:
- estar matriculado em uma universidade;
- ser maior de idade;
- nível avançado na língua inglesa.
Emprego temporário no exterior
Logo que chegou em Wisconsin para trabalhar no parque aquático, Debora não precisou se preocupar com a sua hospedagem.
“É obrigatório que o empregador ofereça estadia mesmo que não seja ele quem vá pagar e o valor é descontado na nossa folha de pagamento”.
Preparação para trabalhar no intercâmbio
Para dar início ao trabalho no parque aquático ela precisou fazer um curso de salva-vidas e para ser habilitada passou ainda por mais quatro testes:
- dois por escrito (em inglês) sobre o conhecimento adquirido no curso;
- dois de natação.
No WildDome trabalhou como em uma piscina de ondas — “na qual ocorrem 80% dos afogamentos dos parques aquáticos”.
Grace Period
Depois do visto de trabalho ter sido encerrado no resort, Debora aproveitou a viagem — a sua primeira para o exterior —, para viajar para a Califórnia.
“Após o visto de trabalho ter sido encerrado, eu tinha mais 30 dias de grace period que eu poderia ficar nos Estados Unidos viajando, mas não para trabalhar mais”, explicou.
O que é o grace period?
Prazo extra posterior ao cumprimento de uma obrigação. Neste caso, o período posterior ao encerramento do contrato no resort.
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