Já imaginou fazer um acampamento de verão bem americano? Com direito a piscina, lago e jogos de sabão? Demais, não é!? O Matheus Aguiar teve essa experiência em Dallas, no estado do Texas, EUA, onde passou 21 dias imerso nas atividades do trabalho voluntário.
O acampamento de verão Joni and Friends fora organizado pela Igreja e era voltado para crianças e jovens deficientes acompanhados de seus familiares. Do grupo de voluntários, Matheus figurava como o único brasileiro, considerando-se um “experimento” para que as pessoas de outros países pudessem participar.
“O máximo que o acampamento permita era receber pessoas de outras cidades e estados. Os voluntários eram todos americanos”, explica.
Abaixo, ele conta como foi o processo de entrevista até a sua rotina seguindo o cronograma entregue no acampamento.
Como é um acampamento de verão no exterior
O domínio da língua inglesa foi um requisito para que ele conseguisse viver essa experiência. Antes de embarcar, ele precisou precisou realizar uma entrevista por ligação via WhatsApp com a responsável pelo acampamento, Mary Grace, para se apresentar.
“Ela [Mary Grace] mora nos Estados e só fala inglês. Fiquei nervoso para a entrevista, mas ela elogiou o meu inglês e disse que ele era muito bom”, recorda.
Quando surgiu a oportunidade de fazer esse intercâmbio, Matheus já havia concluído o College e estava aperfeiçoando a sua fluência no curso de Conversation Club na UPTIME Valinhos (SP). Por esse motivo, ele conseguiu preencher o critério de fluência.
O papel da língua inglesa na rotina do acampamento
O jovem de 17 anos explica que o inglês foi indispensável para se comunicar no acampamento, principalmente com o camper pelo qual era responsável:
“Eu tinha que conversar com ele, falar quais seriam as atividades e saber se ele estava gostando”, explica sobre os principais motivos pelo inglês ser avaliado como requisito.
Por se tratar de um acampamento de verão organizado pela Igreja, o outro requisito para a vaga foi a ligação religiosa.
“Há uma pergunta sobre experiência no site de inscrição, mas ela não é obrigatória, pois temos um dia inteiro de treinamento para STMs (Short-Term Mission) antes das famílias dos campers [como são chamados os acampantes] chegarem. Além da fluência, é preciso que o voluntário seja membro de alguma Igreja, porque também é uma missão cristã”.
Dessa forma, para a viagem ele precisou:
- tirar o visto B-2, de turista;
- ser fluente em inglês;
- e apresentar uma carta de recomendação do pastor da Igreja da qual faz parte.
Ao chegar em Dallas, o intercambista se surpreendeu. O espaço onde seria o acampamento era muito parecido com o que costumamos ver nos filmes.
A rotina em um acampamento de verão
No acampamento, os campers foram divididos em quatro grupos de acordo com a idade: Yellow, Blue, Intense e Purple. Na primeira semana, ele ficou responsável por um adolescente e na segunda semana, foi Assistant Leader da turma em geral.
Ele conta como foi:
Pela manhã
“Tomávamos café da manhã com os campers e sua família e depois íamos para uma aula sobre a Bíblia, que era divertida, com músicas e um mini-show para entreter. Em seguida, recebíamos um tema diferente para a aula de craft.”
À tarde
“No primeiro e segundo dia tivemos swimming, que foi incrível e depois as atividades eram variadas. Durante a tarde era freetime, os campers ficavam com a família deles e a gente podia fazer o que quisesse. Como o espaço era enorme, acabávamos jogando basquete.”
Dentre das atividades realizadas com os campers, Matheus destaca:
- Slip and slide: aquela brincadeira de deslizar sobre uma lona com água e sabão;
- Lakefront: lá a diversão ficava por conta de um brinquedo inflável que você pula e uma outra pessoa que fica na ponta, voa e cai no lago;
- Messy games: em que todo mundo se lambuza com alguma coisa, pode ser com chocolate, tinta ou com sabão (como foi no acampamento dele).
À noite
“Em cada noite, depois do freetime, a gente fazia algumas atividades. Tivemos festa à fantasia da Disney e dança. Foi bem legal! Depois, também teve um dia de spa com as mães dos campers e uma noite de talentos.”
A experiência internacional em um trabalho voluntário
Como o único brasileiro monitor do acampamento, Matheus se saiu muito bem. Fez amizades com todos, inclusive com Mary Grace, quem o entrevistou para o Joni and Friends.
“Estou planejando voltar aos Estados Unidos em 2020 para o próximo acampamento, mas dessa vez com alguns amigos da Igreja que têm interesse em fazer esse trabalho”, disse.
Quando se matriculou na UPTIME, ele tinha o sonho com de se tornar fluente para viajar com segurança pelo mundo. Hoje, já começou a realizá-lo.
Veja também: Aluna UPTIME viaja o mundo realizando trabalho voluntário.