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Apaixonado por aviação desde criança, Pedro Campos sempre sonhou em ser piloto — e foi esse, inclusive, um dos motivos que o levou a se matricular aos 15 anos no curso de inglês para adolescentes da UPTIME Itaúna (MG). Hoje comissário de bordo, ele fala sobre esse passo importante na carreira.

 

“Meu envolvimento na aviação é todo por esse lado do Flight Deck. Trabalhar como comissário de bordo é algo que uso como um caminho prazeroso para viabilizar a continuidade da minha formação de piloto”, conta.

 

A chance de se juntar ao time de uma das maiores companhias aéreas do mundo bateu à porta e ele precisou interromper os estudos de piloto para embarcar nessa oportunidade única.

 

Há dois meses, ele se mudou para o Emirados Árabes Unidos, em Dubai. E é sobre essa experiência que ele compartilha aqui no Blog Up.

 

Morar fora do Brasil

Quando se pensa em mudança de país, uma das maiores chateações que passam pela cabeça das pessoas diz respeito aos processos burocráticos: o que é preciso providenciar, quando e como. O que dá início a longas buscas por informações. 

 

“Precisei providenciar meus documentos e da minha família e traduzi-los, dentre eles, os de saúde”, lembra. 

 

Por estar a trabalho, conseguiu o visto de residente e ainda contou com o apoio da empresa, que foi uma facilitadora para que tudo corresse de forma tranquila.

 

A companhia aérea ficou responsável pelas demandas de entrada e moradia no país, organizando toda a acomodação em Dubai — onde é proprietária de diversos apartamentos: 

 

É a empresa que escolhe onde a gente vai morar e quem será o seu flatmate, que é geralmente um ou dois. Depois de um tempo é possível mudar, mas apenas se você quiser.”

Um brasileiro em Dubai

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Por ser um destino cosmopolita, Dubai possui um fluxo intenso de estrangeiros. Para lidar com toda essa pluralidade cultural, Pedro explica como se dá a comunicação local:

 

“Em Dubai existem mais de 150 nacionalidades e para a maioria, o inglês é a segunda língua e apesar de haver sotaques muito diferentes, todos se entendem. Eu moro com um rapaz da Argélia e a gente se fala em inglês e é assim também no avião durante as viagens.

 

Como é trabalhar em uma companhia aérea

Até o momento, Pedro soma mais de 10 países no passaporte — África do Sul; Arábia Saudita; Índia; China; Alemanha; Dinamarca; Etiópia; Argélia; Bangladesh; Inglaterra e Tailândia. O melhor disso tudo é quando dá para conciliar o trabalho com o turismo.

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“Dependendo do voo a gente fica no destino cerca de 24, 30, 48 horas, depende. Mas enquanto estamos no destino, podemos sair e conhecer os lugares. É maravilhoso.”

 

Mas este é o bônus de uma rotina puxada e de trabalho pesado que requer total dedicação.

 

“Demanda muito do nosso corpo e mente. É preciso ter bastante foco para poder organizar nossos períodos de descanso, lazer e estudos de acordo com nossas escalas, já que os voos são sempre em dias e horários diferentes”, completa. 

 

Requisito para ser comissário de bordo 

Sem pensar duas vezes, Pedro responde que o maior requisito para ser comissário de bordo é “ter a fluência em inglês, falada e escrita”. Ex-aluno da UPTIME dos cursos TEENS e College e instrutor de unidade, o que não faltava a ele era domínio do idioma.

 

Inglês mais ou menos não é suficiente. Desde o processo seletivo para  comissário até o momento que você chega na empresa e passa pelo treinamento técnico é TUDO em inglês. Tem que saber, não tem outro jeito (risos).”

 

Na prática e na teoria o inglês foi indispensável. No estudo, Pedro encontrou no idioma uma riqueza maior de materiais; e, durante as fases do processo seletivo, acredita que tenha influenciado na confiança e segurança necessárias para que conquistasse a vaga. 

 

Inglês para aviação

Hoje minha vida acontece em inglês”. No prazo de uma semana, o comissário tem a possibilidade de ir a um ou dois países e isso sem falar que em Dubai o idioma é a base de toda a sua comunicação. 

 

“Eu sempre soube que profissionalmente, uma hora ou outra, eu teria que aprender inglês. Saber o idioma dá acesso a informações e conhecimentos importantes da área. Por isso, minha dica para quem quer seguir carreira é: fale inglês. Mesmo que os seus planos não envolvam sair do Brasil, o idioma da aviação é o inglês.”

 

De acordo com o profissional, existe uma diferença muito grande entre os aeronautas fluentes e aqueles que não sãono sentido do que é possível oferecer para a empresa e para os clientes quando se tem o domínio do idioma universal. 

 

Para quem deseja seguir nesse ramo ele enfatiza também a importância de amar a viação, a rotina e esse estilo de vida: “Goste de pessoas! Isso é fundamental.”

 

Confira também a história do Raphael Nogueira, ex-aluno da UPTIME que se tornou comissário de bordo da Qatar Airways